Nanã Buruquê
Origem
Não se sabe determinar sua origem, assim como Deus (Zambi) continua sendo o grande mistério para o homem como explicar o inexplicável. É possivel explicar o efeito porque a causa vem de uma visão espiritualista, cuja a essência vem nesta grande energia e com uma forte vibração capaz de mover tudo que no mundo existe, e Deus faz-se presente onipotente, , onipresente e onisciente em relação ao Universo que ele próprio criou.
E Nanã Buruquê representa a junção daquilo que foi criado por Deus. Ela é o ponto de contato da terra com as águas, a separação entre o que já existia, a água da terra por mando de Deus, sendo portanto também sua criação simultânea a da criação do mundo.
- Com a junção da água e a terra surgiu o Barro.
- O Barro com o Sopro Divino representa Movimento.
- O Movimento adquire Estrutura.
- Movimento e Estrutura surgiu a criação O Homem.
Portanto, Nanã é a Divindade Suprema que junto com Zambi fez parte da criação, sendo ela responsável pelo elemento Barro, que deu forma ao primeiro homem e de todos os seres viventes da terra, e da continuação da existência humana e também da morte, passando por uma transmutação para que se transforme continuamente e nada se perca. Tudo faz parte do Poder Divino.
Nanã é a primeira e a mais antiga de todos os Orixás, menos de Oxalá (Jesus Cristo), que veio antes. Ela exerce a missão de mãe dos Orixás,Zambi é o Pai dos Orixás e dos Espíritos que Nanã Buruquê dirige.
Lenda
Nanã é um Orixá feminino de origem daomeana. Segundo as lendas, é a primeira esposa de Oxalá, tendo com ele três filhos: Obaluayê (Omulu), Oxumarê e Irôko, este último não cultuado na Umbanda.
Este grande Orixá, padroeiro da família, tem o domínio sobre as enchentes, as chuvas, bem como o lodo produzido por essas águas. Nanã, a mais velha Mãe-d'água, Orixá mãe e avó é protetora dos homens e criaturas idosas.
No culto anterior à chegada de orixás iorubanos`a região da atual Nigéria, teria Nanã um posto hierárquico semelhante ao de Oxalá ou até mesmo de Olurum (Zâmbi angolano). Nos cultos afro-brasileiros, Nanã é apresentada como Orixá indiscutivelmente feminino e associada sempre à maternidade. É por isso, a mais velha divindade das águas, tendo associações tanto com a vida, como com a morte ou com posição reservada aos velhos em qualquer sociedade.
O elemento primordial de Nanã é a lama, o lodo do fundo dos rios e dos mares. É por extensão o Orixá dos pântanos, o ponto de contato da terra com as águas, a separação entre o que já existia (água) e o que foi libertado por mando de Zâmbi (a terra), sendo portanto sua criação simultânea à da criação do mundo.
Características
Os filhos de Nanã são calmos e benevolentes, agindo sempre com dignidade e gentileza. São pessoas lentas no exercício de seus afazeres, julgando haver tempo para tudo, como se o dia fosse durar uma eternidade. Muito afeiçoadas às crianças, educam-nas com ternura e excesso de mansidão, possuindo tendência a se comportar com a indulgência das avós. Suas reações bem equilibradas e a pertinência de suas decisões mantêm-nas sempre no caminho da sabedoria e da justiça, com segurança e majestade.
Saudação: "Saluba"
Cores: branco e o azul ; lilás na Umbanda
Sincretismo: Nossa Senhora Santana - 26 de julho
Dia da Semana: seu dia da semana é o mesmo do que Obaluayê, ou seja, 2ª. feira, sendo que alguns consideram ser Sábado, junto com Iemanjá e Oxum, Orixás das águas.
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